O dia 28 de abril é celebrado como o Dia da Caatinga, um dos biomas mais fascinantes do Brasil. O termo “caatinga” vem do tupi e significa “mata branca”, em referência à aparência seca e esbranquiçada das plantas que resistem à aridez da região. Apesar das adversidades climáticas, a caatinga é um berço de biodiversidade, com espécies endêmicas que só são encontradas ali.

A história da caatinga se confunde com a história do povo nordestino, que aprendeu a sobreviver em um ambiente hostil e a extrair o máximo de recursos disponíveis. Desde os tempos pré-colombianos, os índios já faziam uso das plantas nativas para alimentação, medicina e rituais. Com a chegada dos colonizadores portugueses, novas espécies foram introduzidas na caatinga, mas a maior parte das culturas ainda é de origem nativa.

A importância da caatinga para a humanidade é incalculável. Além de abrigar uma riqueza biológica única, o bioma é responsável por garantir a segurança hídrica de toda a região Nordeste. As árvores da caatinga ajudam a reter a água das chuvas e a evitar a erosão do solo, garantindo o abastecimento de rios, açudes e barragens. Sem a caatinga, a vida no semiárido seria ainda mais difícil.

Infelizmente, a caatinga é também um dos biomas mais ameaçados do país, devido ao desmatamento, à desertificação e à especulação imobiliária. Muitas espécies da fauna e da flora já estão em risco de extinção, e os ecossistemas da caatinga correm o risco de entrar em colapso.

Por isso, o Dia da Caatinga é uma oportunidade de lembrar da importância desse bioma e de mobilizar a sociedade para a sua preservação. É preciso que todos nós entendamos que a sobrevivência da caatinga é fundamental para a sobrevivência do próprio Nordeste, e que protegê-la é uma responsabilidade de todos.